Por séculos já me construo e reconstruo naturalmente
Das cinzas ressurgi bruxa, mulher, loba e coruja
E às cinzas retornarei ao final de um dos infinitos giros da Roda do Ano
Pois completado mais um de meus infinitos ciclos,
Levitarei uivando à Lua, contando tudo que aprendi,
O que calei, o que sorri, o que chorei e como amei
Contemplando, orgulhosa, a água e o sangue que jorrou de meus seios
E das entranhas, minhas lágrimas, suores e saliva
Contínuo e cíclico legado mágico
Então seguirei voando nas asas do Sol, calada e prudente feito coruja
Terei sido amiga, irmã, mãe e amante que soube guardar segredos, suspiros e sussurros
Entre meus dedos estarão os cachos que acaricio ou penso arrancar
Ora sou justa, ora injusta, mas eu mantenho palavra
Eu sei de poucas coisas, mas sei que já posso chover em paz
Nos encontramos numa próxima tempestade
Que passa, assusta, comove, alimenta, esfria, acalma e depois vai embora
Deixando atrás das cachoeiras e pedras sempre um novo arco-íris!
Fonte: Página da Oficina das Bruxas no Facebook
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