Ensinamento

A definição mais popular de magia é: "A Arte de alterar e moldar a realidade através do poder da vontade".

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Abrindo o Círculo

Existem várias maneiras de se traçar um Círculo, você pode usar uma das mais simples:

ABRINDO O CÍRCULO


1. Pegue a varinha Mágica ou o athame e vá até o Norte.

2. Visualize um raio, tipo um laser, saindo da ponta do seu objeto escolhido.

3. Dê uma volta, devagar, no sentido horário, até chegar novamente ao Norte.

4. Então diga:
- "Pelo poder da Deusa e do Deus, eu traço este Círculo Sagrado.
Deste espaço nenhum mal sairá, e nele nenhum mal poderá entrar
"!

Depois de traçar o Círculo, você deve invocar os Guardiões dos quatro Quadrantes, acendendo uma vela...

AmarelaQuadrante: Leste;
Representa: Nascer do Sol;
Elemento: AR;


VermelhaQuadrante: Sul;
Representa: O Sol do meio-dia;
Elemento: FOGO;


Azul
Quadrante: Oeste;
Representa: O Crepúsculo;
Elemento: ÁGUA;


Marrom (Ou preta, ou verde)Quadrante: Norte;
Representa: A meia-noite;
Elemento: TERRA;

Agora se deve invocar a Deusa e o Deus, vá até o centro do Círculo e faça as invocações. Elas podem ser as seguintes:

- "Deusa graciosa, você é a Rainha dos Deuses; A Lâmpada da noite; A criadora de tudo que é selvagem e livre; Mãe das mulheres e dos homens; Amante do Deus e protetora de toda a Wicca; Descenda, eu suplico; Com seu raio de força lunar; Aqui, sobre o meu Círculo".

- "Deus brilhante, você é o Rei dos Deuses; Senhor do Sol; Mestre de tudo que é selvagem e livre; Pai das mulheres e dos homens; Amante da Deusa e protetor de toda a Wicca; Descenda, eu suplico; Com seu raio de força solar". 



Começa então o ritual de abertura do Círculo, e cada participante agradece a Deusa por estarem presente e falam:

LESTE: Salve os Guardiões das Torres do Leste. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do Ar, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama.

SUL: Salve os Guardiões das Torres do Sul. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do Fogo, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama.

NORTE: Salve os Guardiões das Torres do Norte. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do Terra, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama.

OESTE: Salve os Guardiões das Torres do Oeste. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do Água, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama. A Alta Sacerdotisa, ou Sacerdote, desenha o Pentagrama de Invocação e o ritual começa.

 

FECHANDO O CÍRCULO

A Alta Sacerdotisa e o Sacerdote agradecem à Deusa e ao Deus por terem estado presentes, e aos Elementos. Casa pessoa volta ao seu lugar e diz:

LESTE: Salve os Guardiões das Torres do Leste. Poderes do Ar, nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Leste, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

SUL: Salve os Guardiões das Torres do Sul. Poderes do Fogo, nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Sul, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

NORTE: Salve os Guardiões das Torres do Norte. Poderes da Terra, nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Norte, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

OESTE: Salve os Guardiões das Torres do Oeste. Poderes do Água, nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Oeste, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

A Alta Sacerdotisa, desenha o Pentagrama de expulsão e mais uma vez agradece, e só então se fecha o Círculo com o athame de novo, dizendo três vezes:

"O CÍRCULO SE DESFAZ, MAS ELE NUNCA SE ROMPE"

Ainda em forma de Pentagrama, faça uma meditação e visualize, o Círculo em tons de azul, subindo em direção aos Deuses.

Que assim seja para o bem de todos!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Para que usar os elementos


Eles nos ajudam a conhecer uma pessoa, um momento da vida e até mesmo como organizar um trabalho Mágico.
Usamos a Terra para fins de prosperidade, materialização, fertilidade, multiplicação, etc.
O Ar para intelectualidade, concentração, imaginação, etc.
A Água para espiritualidade, vida sentimental, fecundidade, limpeza, etc.
O Fogo para aumentar a coragem, força de vontade, transmutação, etc.


Fonte: http://coven-tuatha-de-danan.blogspot.com.br/search?updated-max=2011-08-14T17:16:00-07:00&max-results=3&reverse-paginate=true

A Roda do Ano


A Roda do Ano

Quando se aproxima o ápice do inverno, a Natureza reclama o retorno da luz do Sol, e implora a presença do Deus. A escuridão reina.
Ele, que se encontrava no submundo, após sua morte, retorna ao útero da Deusa, e é gerado por Ela, para uma nova vida.
Na noite do Solstício, Ela dá à luz o Deus, que é a Criança da Promessa. Ele retorna, trazendo esperança e renovação. Com o retorno do Sol, os dias começam a crescer e as horas de escuridão a diminuir. O Deus é glorificado em seu aspecto solar.
A Deusa é a Mãe, que carrega o Deus Criança em seu colo, e O apresenta à criação, como a promessa de um novo início, do ciclo que se renova.
Mas Ele é ainda uma criança, e deve crescer, por isso, a Deusa, que se recupera após o parto, O amamenta, protege e ensina, abrindo os caminhos para Seu retorno majestoso. À medida que a Criança da Promessa cresce com vitalidade, a luz aumenta e os dias se tornam mais longos. Renova-se a esperança e o Deus é festejado.
Depois de dar o alimento a seu filho, a Deusa torna-se então jovem, despertando a Terra para a vida, Por isso, a Deusa é a Senhora do Fogo do Conhecimento e da Inspiração.
A Deusa, que havia se entregado à carga do tempo, agora retorna à juventude, trazendo alegria para a Terra.
A Lua e o Sol equiparam-se, os Deuses são jovens e cheios de vitalidade, o dia e a noite têm a mesma duração.
O Deus é jovem e vigoroso e a Deusa é bela e fresca e os dois correm pelos campos junto com seus animais.
A Deusa está plena, e vive sua primeira menstruação. O sangue sagrado de seu útero verte sobre a Terra e a torna fértil, pronta para receber as sementes.
A vida desperta e os animais entram no cio. As plantas verdejam e florescem. A criação se rejubila com o retorno de Seus Jovens Senhores.
O Deus procura pela Deusa, sua amada, e a encontra correndo pelos campos. Ele a corteja e os dois se unem sobre a relva, sob o céu estrelado.
O Casamento Sagrado é celebrado. A Natureza está em êxtase, e se compraz com o amor de seus Senhores.
Os dois se entregam aos prazeres do amor e a semente da vida é plantada no útero da Deusa. Ela engravida, e gera o que será a promessa do retorno da vida.
O Deus se torna adulto, e em toda sua vitalidade reina soberano ao lado de Sua Senhora, que está grávida. Ela é pura satisfação e demonstra isso nas folhas verdes e lindas flores do verão.
O Sol chega a seu ápice, e o dia é o mais longo do ano.
Neste momento, o Deus inicia seu caminho em direção ao submundo, pois sua função fertilizadora está cumprida.
A natureza fenece novamente, e o frio se aproxima. O Deus começa a declinar, doando sua vida para nutrir a Criação. Ele é o grão e o animal sacrificado.
A criação agradece por suas dádivas fazendo oferendas ao Deus moribundo.
Ela é a sábia, que caminha ao lado de Seu amado, e o ampara, com amor e compaixão.
Novamente o dia e a noite têm a mesma duração e o Deus entrega seu corpo á foice do tempo.
Os últimos grãos são colhidos e armazenados para prover a criação no inverno que se aproxima.
As folhas caem e a Deusa se põe ao lado do leito de morte do Deus, que se prepara para abandonar este mundo e iniciar sua aventura rumo ao desconhecido.
A Deusa observa entre lamento e regozijo ao perceber que Ele está morrendo, ao mesmo tempo que vive dentro Dela.
A morte chega e leva o Deus para o descanso prometido.
A Natureza sofre com o frio do inverno, mas agradece o sacrifício de Seu Senhor, pois terá provisões para sobreviver ao período.
A Deusa chora a morte de Seu amado, e o procura nas brumas do esquecimento. Ela viaja aos confins do submundo, e ultrapassa os portões da morte, para trazê-lo de volta.
Ela é a sábia, que conhece todos os segredos da vida, e Ele é o Senhor da Morte, que leva todas as almas para o descanso, antes de retornarem à vida.
Ele ensina a Ela a lição de que tudo deve morrer para renascer, e Ela mostra a Ele o caminho para retornar à vida.
Ela o toma, e o coloca em seu útero, que é o Caldeirão do Renascimento, iniciando o caminho de volta, para aguardar mais uma vez o retorno de Seu amado.
E assim a Roda gira.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Conceitos básicos


Nós acreditamos em um Ser Espiritualmasculino e feminino, chamado deDeusa Mãe e Deus Filho e consorte. Iguais em importância e atributos.
Eles são, a imagem um do outro e juntos criam tudo o que existe.
Através do amor Deles o mundo se sustenta e não há nada que não venha da união divina Deles.
Vemos nossa Deusa pela imagem da Lua, que se apresenta em diferentes faces, assim como toda mulher (Donzela, Mãe e Anciã).
Já nosso Deus pela imagem do Sol, que se apresenta também em faces, assim como todo homem (o Filho gerado, o Esposo consorte e companheiro Ancião).
Cremos em seres que regem cada elemento (terra, fogo, ar e água), conhecidos como “Elementais”, que em união aos seres divinos (5ª essência – espírito) se juntaram a fim de formar o que chamamos de “plano físico ou material”, onde o corpo humano vive; sendo este veículo evolutivo do espírito que aguarda o retorno ao seu plano original, a fonte divina.
Que a Natureza é o “Grande Mestre”, o corpo dos Deuses, por isso, devemos viver em harmonia com ela, e lutar para preservá-la.
Praticamos ritos sazonais de harmonização com as forças vitais (Solstícios e Equinócios), marcados pelas fases da Lua (nova, crescente, cheia e minguante) e pelas estações do ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno), buscando entender o Universo e nosso lugar nele.
Que a magia existe. É algo natural e não sobrenatural; que está em tudo e é acessível a todos, podendo ser usado tanto para o bem quanto para o mal. Não realizamos magia para prejudicar ninguém ou que desrespeite o livre arbítrio de cada um.
Ao realizarmos nossos rituais, realizamos a purificação de nossos corpos, do local do ritual e dos instrumentos a serem utilizados, para eliminar qualquer energia indesejável. Em seguida, criamos círculos mágicos, para concentrar nossas energias e evitar interferências.
Não possuímos livros da salvação ou qualquer tipo de templo onde se dá a ligação Humanidade e Divindades.
Não elegemos pessoas para serem a salvação da massa; reconhecendo que cada Homem ou Mulher são Sacerdotes ou Sacerdotisas dos Deuses e reconhecemos aqueles que possuem conhecimento além dos nossos por ter estudado ou vivido experiências que os capacitaram.
Respeitamos todas as religiões positivas e libertárias e lutamos contra qualquer violação de nossos direitos. Além de repudiar o proselitismo usado por várias religiões que se dizem a única fonte de salvação ou conhecimento.
Não discriminamos pessoas em função de sua cor, raça, credo, opção sexual, ou outro motivo. Acreditamos que cada Ser Humano é uma fagulha divina conhecendo seus limites e buscando sua evolução, recebendo da fonte divina suas provações.
Valorizamos o espiritual, mas não ignoramos o mundo físico. Lutamos para melhorar nossas vidas na Terra e sermos felizes e saudáveis.
Não aceitamos o conceito de Mal Absoluto, Pecado Original, nem adoramos qualquer entidade conhecida como Satã ou Demônio, como definida pela tradição Cristã.
Não realizamos sacrifícios de animais ou de pessoas.
Respeitamos toda forma de vida (mineral, vegetal, animal, humana ou outra).
Defendemos a igualdade entre Homens e Mulheres. Sabemos se tratar seres de diferentes limites, mas com a mesma essência.

Tudo Sobre a Deusa Mãe


Cremos e louvamos a presença da Deusa Mãe que sempre acompanhou a humanidade desde seu princípio. Pois seu culto originou-se por volta de 10.000 anos. Vemos a face de nossa Deusa na Lua e em toda mulher da Terra. Por isso as honramos e reconhecemos sua parte na Sagralidade Divina.
Nossa Deusa que possui Mil nomes, por ser conhecida em vários lugares pelo globo terrestre, e erroneamente interpretada como várias Deusas:
Afrodite (Grécia), Diana (Itália), Isis (Egito Antigo), Danan (antigo povo Celta), Kwan Yin (Japão), Pele (Havaí), Yemanja (Brasil), Ishtar (antigo povo Babilônico), Vênus (antigo povo Romano), etc. Mas que em fatos reais é Única em essência.
Nossa Deusa, assim como a Lua é vista em 4 fases: Donzela, Mãe, Anciã e uma fase jamais mostrada com facilidade: Negra.
Celebramos nossos rituais todo mês em Lua Cheia (Esbás) enchendo nossas vidas com a antiga magia inspirada pelos ritos a Ela, vivenciando cada uma de suas fases e nomes através de estudos de seus mitos e revivendo sua egrégora eclipsada pela humanidade atual.
Reconhecemos o Planeta Terra como Seu Corpo, onde vivemos nossas experiências encarnados em plano físico, adotando um estilo de vida mais ecologicamente correto.

A CARGA DA DEUSA


Ouçam as palavras da Grande Mãe, que, em tempos idos, era chamada de Ártemis, Astartéia, Dione, Melusiana, Afrodite, Ceridwen, Diana, Arionrhod, Brígida e por muitos outros nomes:
Quando necessitar de alguma coisa, uma vez no mês, e é melhor que seja quando a lua estiver cheia, deverá reunir-se em algum local secreto e adorar o meu espírito que é a rainha de todos os sábios. Você estará livre da escravidão e, como um sinal de sua liberdade, apresentar-se-á nu em seus ritos. Cante, festeje, dance, faça música e amor, todos em minha presença, pois meu é o êxtase do espírito e minha também é a alegria sobre a terra. Pois minha lei é a do amor para todos os seres. Meu é o segredo que abre a porta da juventude e minha é a taça do vinho da vida, que é o caldeirão de Ceridwen. que é o gral sagrado da imortalidade. Eu concedo a sabedoria do espírito eterno e, além da morte, dou a paz e a liberdade e o reencontro com aqueles que se foram antes. Nem tampouco exijo algum tipo de sacrifício, pois saiba, eu sou a mãe de todas as coisa e meu amor é derramado sobre a terra.
Atente para as palavras da Deusa estelar, o pó de cujos pés abrigam-se o sol, a lua, as estrelas, os anjos, e cujo corpo envolve o universo:
Eu que sou a beleza da terra verde e da lua branca entre as estrela e os mistérios da água, invoco seu espírito para que desperte e venha até a mim. Pois eu sou o espírito da natureza que dá vida ao universo. De mim todas as coisa vêm e pra mim todas devem retornar. Que a adoração a mim esteja no coração que rejubila, pois, saiba, todos os atos de amor e prazer são meus rituais. Que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, júbilo e reverência, dentro de você. E você que busca conhecer-me, saiba que sua procura e ânsia serão em vão, a menos que você conheça os mistérios: pois se aquilo que busca não se encontrar dentro de você, nunca o achará fora de si. Saiba, pois, eu estou com você desde o início dos tempos, e eu sou aquela que é alcançada ao fim do desejo. 



Fonte: http://coven-tuatha-de-danan.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html

Tudo sobre o Deus Cornífero


Cremos e louvamos a presença de nosso Deus em sua face Juvenil e Fértil. Acreditamos que nossa Deusa Mãe deu origem a este Serque a complementa sendo seu Filho da Promessa e seu Consorte Complementar. Não temos a visão de Deus Pai “todo poderoso”, mas sim, de um ser complementar a nossa Deusa, pelo qual ela aguarda durante toda “a roda (1)”.
Nosso Deus, também chamado de o Deus Cornífero é um Deus fálico de fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com cascos e chifres de bode ou cervo. É freqüentemente chamado de “o Doador da Vida”, “Mestre da Morte e Ressurreição”, “Deus das Sementes”, “Deus da Fertilidade”. É o Deus da força e da alegria de viver, inerentes às pessoas que são otimistas e procuram sempre progredir, perdoando a si próprio e aos outros que os tenha prejudicado.
Vemos a personificação de nosso Deus através do Sol. É o Deus que morre e sempre renasce. Fazemos nossas celebrações baseadas justamente neste caminho que nosso Deus percorre ano a ano. E assim como nossa Deusa, pedimos por seu retorno nos dias deInverno, sofremos seu sacrifício no Outono, louvamos sua plenitude no Verão e acompanhamos seu crescimento na Primavera. Fazendo isso, sintonizamos nossos seres com a divindade original que nos colocou neste plano físico em busca de harmonia e saúde.
Nosso Deus também possui vários nomes, mas em essência é o mesmo.
Hermes (Grécia), Pan (Grécia), Lúcifer (Itália), Osíris (Antigo Egito), Lugh (Antigo povo Celta), Cernunnos (Antigo povo Celta), Shiva (Índia), Odin (Antigo povo Nórdico), etc.
Assim, o Deus representa três aspectos. Ele é o ‘cornífero’, o deus da floresta, representando a natureza indomável de tudo o que é livre. Nesse aspecto, assinala o estágio do homem como caçador-coletor. Em seguida, temo-lo como ‘o encapuzado’, o Senhor da Colheita, a imagem do Green Man. Aqui, ele reflete a natureza cultivada de tudo o que é padronizado. Nesse aspecto é identificado com o estágio de desenvolvimento agrícola da humanidade. Por fim, ele é ‘o antigo’, e simboliza a sabedoria cumulativa da experiência humana.
Acreditamos que ele zela por todos os seres vivos, principalmente os seres silvestres e selvagens, os quais, ele sempre esteve ligado, desde sua origem e adquiriu suas características.
(1) – termo usado para representar a passagem dos 12 meses do ano.

CARGA DO DEUS

Escute as palavras do Deus Cornudo, o Guardião de todas as coisas selvagens e livres, e o Guardião dos portais da Morte cujo chamado todos devem responder.
Sou o fogo dentro do seu coração…O desejo de sua Alma. Sou o Caçador do Conhecimento e o Investigador da Indagação Sagrada. Eu, que estou na escuridão da luz. Sou Ela que você chama de Morte. Eu, o Consorte e Companheiro Dela que nós adoramos,chamo-te diante de mim. Atenda ao meu chamado amado,venha até mim e aprenda os segredos da morte e da paz. Sou o milho na colheita e a fruta nas árvores. Sou Ele que o conduz à casa. Açoite e chama, Lâmina e Sangue são meus e presenteio-te.Chame por mim na floresta selvagem e nos topos das montanhas e busque-me na Escuridão Luminosa. Eu, que tenho sido chamado de Pan,Herne,Osíris e Hades, falo para ti e procuro por ti. Venha, dance e cante;Venha vivo e sorria para observar. Esta é minha adoração.Vocês são minhas crianças e eu sou seu Pai. Em asas de noite rápidas sou eu que os ponho no colo da Mãe. Para renascer e retornar novamente.Você, que pensa me buscar; saiba que sou o vento indomado, a furiosa tempestade e a paixão em sua Alma .Busque-me com orgulho e humildade, mas busque-me melhor com carinho e força, pois este é o meu caminho e não amo o fraco e o temeroso. Ouça meu chamado em longas noites de inverno e juntos guardaremos a Terra  Dela enquanto Ela dorme. 

NÃO É O DIABO CRISTÃO:
Com o crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em deturpar a Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo.
Com essa atitude, a igreja Cristã tentava demonstrar ao pagão que sua fé no paganismo era ruim, má.
Porém, o Diabo é a representação do Mal absoluto, enquanto do Deus Cornífero não é visto dessa forma.
O Cornífero é uma força da natureza, não completamente beneficente nem maleficente. No seu papel de pai, Ele dá a vida. Já em sua morfologia de Caçador, Ele a toma, na forma do sacrifício necessário para a continuidade da raça. Lúcifer, este tratava-se do irmão e consorte da Deusa Pagã Diana que carregava vários devotos no sul da Itália. Ele representava o Sol, seu nome significa “o portador da luz” devido a esta divindade.

A Criação


No princípio, o tudo era nada.
A única energia existente era nossa Deusa, que vagava solitária e adormecida, em Sua sabedoria infinita.
Sentindo uma calorosa luz em Sua face, Ela despertou, e ao abrir os olhos, encarou-se no espelho formado por Sua vontade única de auto-conhecimento. E Ela apaixonou-se pelo que descobriu.
No espelho, Nossa Senhora viu sua parcela masculina, existente mesmo antes do tempo ser tempo, a parcela que já existia dentro de si mesma. E Ela o amou!
O verdadeiro amor nasceu entre ambos e desse amor tudo foi criado.
Da junção de Seus corpos frenéticos explodiu o fogo, primeiro dos elementos formadores da existência, o fogo da paixão, que excita a força criadora adormecida na Deusa. E com o fogo, surgem a luz e o calor, atributos do Deus.
Assim como a Deusa e o Deus, feminino e masculino, a escuridão inicial e a luz explosiva, de Seus corpos excitados pelo fogo emanaram fluidos do quais nasceu seu contraponto – a água, pois na criação, tudo há de ter sua parcela contrária. E a água era o contrário do fogo: doadora de vida, fluida e fresca, atributos da Deusa. E por isso, a água da criação foi contida em Seu útero.
Como o fogo e a água eram incompatíveis, mesmo em sua forma mais etérea, do suspiro dos amantes, exalado no êxtase do descobrimento, nasceu o ar, elemento mediador entre os dois, ganhando do primeiro o calor e do segundo, a umidade.
Os corpos de nossos Criadores se estremeceram no ápice do amor e liberaram a energia material que, misturando-se aos três elementos iniciais, formou o elemento terra. Com a Terra, tudo o que era antes etéreo, impalpável, inodoro, incolor, tornou-se sólido, dotando tudo de peso e matéria.
Nosso Senhor e Nossa Senhora, assim unidos, tornaram-se o quinto elemento, o verdadeiro espírito.
Em meio ao êxtase universal, a Deusa descobriu uma parte de Seu corpo, ainda adormecida - Seu útero, que ao ser fertilizado pela energia criativa do Deus, gerou o Universo e a vida contida nele.
E no vasto Universo, nossos Senhores encontraram a Terra e nela depositaram uma fagulha de Sua divina inteligência, refletindo o eterno amor Deles. Desse amor surgiu a vida, presente nas pedras, nas plantas, animais e no ser humano.
A criação olhou para si mesma e notou a presença Deles em tudo, e os reverenciou, pois a beleza que está em tudo é o reflexo do amor entre nossos Criadores.
O Deus, ao notar cumprida Sua função fertilizadora, despediu-se da Deusa, e começou a caminhar para o submundo, a escuridão inicial, pois da mesma forma que para haver luz, deve haver escuridão, para ter vida, tem que existir a morte.
A criação começou a fenecer com Sua ausência e, sentindo o frio se aproximar, chorou e suplicou pelo Seu retorno.
A Deusa, sentindo a ausência de Sua luz, entristeceu-se, e desceu ao submundo, em busca de Seu amado.
Ao encontrá-lo, procurou compreender porque tudo o que Ela criou estava morrendo, e Ele ensinou-lhe o segredo da morte, que era o destino de tudo o que é vivo, e que somente Ele conhecia, e pediu para que Ela ficasse com Ele.
Mas Ela precisava voltar, para gerar a vida, e não podia ir sozinha, pois sem Ele era infértil. Mas Ele não conhecia o caminho de volta, pois somente a Deusa conhece os segredos da vida.
Então, Ela, que é o Cálice do Renascimento, O colocou em Seu útero e retornou.
Assim, o Deus se tornou a Criança da Promessa, que cresce no útero da Deusa, para renascer e reinar ao Seu lado, trazendo a luz para fertilizar a Deusa e gerar a vida novamente.
E assim foi, é e sempre será, no eterno retorno da vida.

A Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo

Nosso Senhor, após ver a terra fertilizada e assim, cumprida sua missão, despede-se da Deusa e inicia seu caminho rumo ao Submundo. Ele se torna o terrível Senhor das Sombras, trazendo a morte e o esquecimento. Mas junto com a morte, Ele traz o descanso, por isso, Ele é também o Consolador.
A Deusa, que é vista neste mundo como a Lua, aquela que brilha na escuridão, cresce e míngua em seu eterno ciclo. E em certo momento desse ciclo, Ela anda três noites na escuridão, pois no amor Ela sempre busca seu complemento.
E uma vez, no inverno do ano, em que Ele havia desaparecido da Terra verde, Ela o seguiu e partiu ao Submundo em sua nau, pelo Sagrado Rio da Descida.
Nossa Deusa soluciona todos os mistérios, até mesmo o mistério da morte. Assim, Ela chega, finalmente, aos portões além dos quais os vivos não entram.
Quando Ela se depara com o primeiro dos portais, seu guardião a desafia:
- Tira tuas vestes, põe de lado tuas jóias, pois nada tu podes trazer contigo ao interior desta nossa terra.
E a cada um dos portais, a Deusa teve que pagar o preço da passagem, pois nada pode ser dado sem que algo seja oferecido em troca.
No primeiro portal, Ela deixa seu cetro, símbolo do poder sobre as coisas que nos rodeiam.
No segundo portal, Ela deixa a coroa, que representa a autoridade, o status perante os círculos sociais.
No terceiro, Ela deixa seu colar, que representa a exigência por riqueza, sucessos e realizações, pois isso de nada vale no processo de reconhecimento do Espírito.
No quarto portal, Nossa Deusa deixa seu anel, símbolo de associação a uma entidade, formação acadêmica ou nível intelectual.
No quinto, Ela deixa sua guirlanda, que representa as fachadas pessoais e o que é usado para ocultar imperfeições, erros e defeitos.
No sexto portal, Ela tira suas sandálias, deixando para trás as trilhas já seguidas e as políticas anteriormente adotadas, abandonando pontos de vista atuais e preparando-se para conhecer novos.
No sétimo portal, por fim, Ela deixa suas vestes, a cobertura mortal, e uma vez removidas, o que resta é o Verdadeiro Espírito, que é somente o que entra no reino da Morte.
Por amor, Ela estava ali confinada, como todos os que ali penetram, e foi conduzida à Morte, totalmente nua e com os pulsos amarrados.
Mas tal era sua beleza que a Morte se ajoelhou e depositou sua espada e sua coroa aos seus pés, e beijando-os, disse:
- Abençoados são teus pés, pois te trouxeram por esta senda. Fica comigo, eu imploro, e deixa teu coração ser por mim tocado.
E Ela respondeu:
- Eu não te amo. Por que fazes com que todas as coisas que amo e nas quais me delicio venham a fenecer e morrer?
- Minha Senhora – respondeu a Morte – Trata-se da idade e da fatalidade, contra as quais sou impotente. A idade, o envelhecimento leva todas as coisas a definharem, mas, quando os homens morrem, ao desfecho de seu tempo, concedo-lhes repouso, paz e força. Por algum tempo, eles habitam com a Lua e com os espíritos da Lua; então podem retornar ao reino dos vivos. Mas tu, tu és linda. Não retornes, permanece comigo.
Mas Ela respondeu:
- Eu não te amo!
E então disse a Morte:
- Se não recebes minhas mãos sobre teu coração, tens que te curvar ao açoite da Morte.
- É a fatalidade, que assim seja – Ela disse e se ajoelhou.
E a Morte a açoitou brandamente.
Nesse momento, Nossa Deusa compreende a Morte e reconhece seu Amado Senhor.
- Reconheço Tua dor, a dor do amor.
Nosso Deus a ergue, dizendo:
- Seja abençoada, Minha Rainha!
E Ele lhe deu o beijo quíntuplo de iniciação, dizendo:
- Somente assim podes ambicionar sabedoria e prazer.
Então, o Deus desamarra seus pulsos, depositando o cordel no chão.
A Deusa toma a coroa e a recoloca na cabeça do Senhor do Mundo Subterrâneo. Ele transforma a coroa em um colar, representando o Círculo do Renascimento, e o coloca no pescoço Dela, ensinando-lhe todos os seus mistérios.
O Senhor do Submundo toma o açoite em sua mão esquerda e a espada em sua mão direita e fica na posição do Deus, antebraços cruzados sobre o peito, espada e açoite apontados para cima.
Ela fica na posição da Deusa, pernas abertas e braços estendidos, formando o pentagrama e ensina a Ele o mistério da Taça Sagrada, que é o Cálice, o Caldeirão do Renascimento.
A Deusa toma o cálice em ambas as mãos, Eles se entreolham e Ele coloca suas mãos nas Dela. Ela toma o cordel e amarra as mãos dos dois ao redor do cálice.
- Através de você todos saem da vida, mas através de mim todos podem renascer. Tudo passa, tudo muda. Mesmo a Morte não é eterna. Meu é o Mistério do Ventre, que é o Caldeirão do Renascimento. Penetre em mim e me conheça, e estarás liberto de todo o medo. Pois se a vida é somente uma passagem para a morte, a morte é somente uma passagem de volta para a vida e, em mim, o círculo sempre gira.
E Eles se amaram e se tornaram um. Ele penetrou-a e, assim, renasceu para a vida.
Assim, há três grandes mistérios na vida do homem: sexo, nascimento e morte, e o amor controla todos. Para realizar o amor, tens que retornar ao mesmo tempo e local dos que amaram antes; e tens que encontrá-los, conhecê-los, lembrá-los e amarrá-los de novo. E para renascer, tens que morrer e ser preparado para um novo corpo. E para morrer, tens que nascer, e sem amor não podes nascer.
E Nossa Deusa sempre se inclina para o amor, o prazer e a alegria. Ela protege e cuida de suas crianças ocultas nesta vida e na próxima. Na Morte, Ela revela o caminho que leva à comunhão com Ela, e na vida, ensina a magia do Mistério do Círculo Mágico, existente entre os mundos dos homens e dos Deuses.
E assim, nós somos ensinados a cada começo da Roda do Ano, em que o Senhor e a Senhora compartilhamo comando do ano, cada um oferecendo e compartilhando de equilíbrio para com o outro.

O Nascimento de Vênus


          A véspera do nascimento de Vênus fora um dia violento. O firmamento, tingindo-se subitamente de um vermelho vítreo, enchera de espanto toda a Criação. Saturno, munido de sua foice, enfrentara o próprio pai, o Céu, num embate cruel pelo poder do Universo. Com um golpe certeiro, o jovem deus arrancara fora a genitália do pai, tornando-se o novo soberano do mundo. Um urro colossal varrera os céus, como o estrondo tremendo de um infinito trovão, quando o Céu fora atingido.
          O fecundo órgão do deus deposto, caindo do alto, mergulhara nas águas profundas, próximo à ilha de Chipre. Assim, o Céu, depois de haver fecundado incessantemente a terra — dando origem à estirpe dos Deuses olímpicos -, fecundava agora, ainda que de maneira excêntrica e inesperada, o próprio Mar.
          Durante toda a noite o mar revolveu-se violentamente. A espuma do mar, unida ao sangue do deus caído, subia ao alto em grandes ondas, como se lançasse ao vento os seus leves e espumosos véus. Mas quando a Noite recolheu finalmente o seu grande manto estrelado, dando lugar à Aurora, que já tingia o firmamento com seus dedos cor-de-rosa, percebeu-se que as águas daquele mar pareciam agora outras, completamente diferentes.
          O borbulhar imenso das ondas anunciava que algo estava prestes a surgir.
          Das margens da ilha de Chipre, algumas ninfas, reunidas, apontavam, temerosas, para um trecho agitado do mar:
          — O mar está prestes a parir algo! — disse uma delas.
          — Será algum monstro pavoroso? — disse outra, temerosa.
         Mas nem bem o sol lançara sobre a pátina azulada do mar os seus primeiros raios, viu-se a espuma, que parecia subir das profundezas, cessar de borbulhar. Um grande silêncio pairou sobre tudo.
          — Sintam este perfume delicioso! — disse uma das ninfas.
          As outras, erguendo-se nas pontas dos pés, aspiraram a brisa fresca e olorosa que vinha do alto-mar. Nunca as flores daquela ilha haviam produzido um aroma tão penetrante e, ao mesmo tempo, tão discreto; tão doce e, ao mesmo tempo, tão provocantemente acre; tão natural e, ao mesmo tempo, tão sofisticado.
          De repente, do espelho sereno das águas — nunca, até então, o mar tivera aquela lisura perfeita de um grande lago adormecido — começou a elevar-se o corpo de alguém.
          — Vejam, é a cabeça de uma mulher! — gritou uma das ninfas.
          Sim, era uma bela cabeça — a mais bela cabeça feminina que a natureza pudera criar desde que o mundo abandonara a noite trevosa do Caos. Um rosto perfeito: os traços eram arredondados onde a beleza exigia que se arredondassem, aquilinos onde a audácia pedia que se afilassem e simétricos onde a harmonia exigia que se emparelhassem.
          O restante do corpo foi surgindo aos poucos: os ombros lisos e simétricos, os seios perfeitos e idênticos — tão iguais que nem o mais consumado artista saberia dizer qual era o modelo e qual a sua réplica perfeita. Sua cintura, com duas curvas perfeitas e fechadas, parecia talhada para realçar o umbigo perfeito, o qual acomodava delicadamente, como um encantador pingente , uma minúscula e faiscante pérola. E, logo abaixo, um véu triangular — loiro e aveludado véu -, tecido com os mais delicados e dourados fios, agitava-se delicadamente, esbatido pela brisa da manhã. Nenhum humano podia saber ainda o que ele ocultava — seu segredo mais cobiçado, que somente a poucos seria revelado.
          Algumas aves marinhas surgiram, arrastando uma grande concha, a qual depositaram ao lado da deusa — sim, era uma deusa -, para que ela, como em um trono, se assentasse. Um marulhar de peixes saltitantes a cercava, enquanto golfinhos puxavam seu elegante carro aquático até as areias da praia cipriota.
          Nem bem a deusa colocara os pés na ilha, e toda ela verdejou e coloriu-se como nunca antes havia sido. Por onde ela passava, brotavam do próprio solo maços aromáticos de flores multicores, os pássaros todos entoavam um concerto de vozes perfeitamente harmoniosas e os animais quedavam-se sobre a relva com as cabeças pendidas, para receber o afago daquela mão alva e sedosa.
          — Quem é você, mulher mais que perfeita? — perguntou-lhe, finalmente, a ninfa que primeiro recuperara o dom da fala.
          — Sou aquela nascida da espuma do mar e do sêmen divino — respondeu a deusa, com uma voz cristalina e docemente áspera, envolta num hálito que superava em delícia ao de todas as flores que seus pés haviam feito brotar.
          No mesmo dia, a extraordinária notícia do nascimento de criatura tão bela chegou ao Olimpo, e os Deuses ordenaram que as Horas e as Graças a fossem recepcionar. Ainda mais enfeitada pelas mãos destas caprichosas divindades, apresentou-se a nova deusa diante de seus pares no grandioso salão do Olimpo, sendo imediatamente acolhida e festejada pelos deuses. 
          
          Mas quando todos ainda se perguntavam quem seria, afinal, aquela criatura encantadora, um descuido — seria, mesmo? — pôs fim a todas as indagações. Pois o véu que a envolvia, descendo-lhe até os pés, revelara o que nenhum dos embelezamentos artificiais pudera antes realçar: a sua infinita beleza original.


          — E Vênus, sim, a mais bela das deusas! — disse o coro unânime das vozes.

Lendas e Mitos


As Lendas são as formas mais simples de manter e ensinar os mistérios da Arte. Através de pequenos contos ou formas simbólicas de representar um acontecimento os povos vêm durante as eras ensinando sua cultura, suas religiosidades, e criando uma forma bonita e fácil de manter vivo o conhecimento na mente das pessoas, até daquelas que não dispõem de um bom nível educacional.
Na Wicca as lendas são uma forma direta de passar ensinamentos, ou de embelezar suas crenças, às vezes criamos lendas para coisas que possuem uma explicação direta e simples, mas como a lenda nos obriga a refletir e indagar, os sacerdotes possuem uma preferência por ensinar os neófitos através de lendas. Logo, quando ler algum conto wiccano dedique tempo para uma boa reflexão e tente encontrar ali ensinamentos, pois com certeza todas as lendas possuem informações importantíssimas.

"Família Old Religion"

domingo, 22 de julho de 2012

Nº 1 de "Detalhes que você, wiccano, deve saber"


A cor de luto é o branco! As cores para os rituais podem variar, mas em geral (não é regra) é preto.

O Círculo - Simbologia


Significado Geral: Proteção, estabilidade , Perfeição, Renovação e Fluxo Energético.

Tempo e Espaço: Não se sabe com exatidão quando os povos começaram a utilizar círculos em celebrações, rituais ou eventos. É possível encontrar nos mais diferentes locais do mundo, figuras circulares e adornos circulares que de algum modo sempre estavam ligados à cultura religiosa e ‘mística’ dos povos. Monumentos megalíticos, como o Stonenhege, são clássicos exemplos da criação de espaços circulares sagrados, que ao que tudo indica, eram utilizados para rituais religiosos e funerários.

Alquimia e Ocultismo: Nas diferentes correntes e grupos que trabalham com o que podemos chamar de “ocultismo” o círculo é um símbolo do poder criativo do universo, ele não tem inicio, não tem fim e tampouco um elo fraco. Desta maneira o círculo é visto como um símbolo de perfeição, de continuidade e que representa diretamente o processo cíclico da vida. Normalmente o círculo não aparece sozinho, mas formando um outro símbolo, dando a ele um maior significado.

Tradições (neo)Pagãs: Dentro das tradições atuais, o círculo, além de possuir todo o significado descrito quanto ao ocultismo, também representa a fortaleza das práticas religiosas. Na Religião Wicca um círculo é traçado no chão de forma que todos os membros da celebração fiquem inseridos nele, tal representação é embutida do poder energético dos sacerdotes para proteger os participantes de energias e seres externos ao ritual , e também tem a função de estabilizar, gerar fluxo e ampliar o poder gerado no espaço sagrado.
Muitas tradições pagãs não traçam o círculo ritualístico, ou círculo mágicko como ficou mais conhecido, essa prática é mais comum em grupos ocultistas, cerimonialistas e na Wicca. Porém, mesmo sem traçar diretamente o círculo, eles normalmente executam seus rituais em clareiras circulares e tendem a organizar-se em círculo durante as celebrações.

Comparativos: Existem práticas cristãs de elevação de bênçãos e orações que são normalmente ministradas por sacerdotes ou devotas, onde as pessoas se organizam em círculos dando as mãos e soltando somente quando percebem chegar ao ápice das entoações religiosas. Tal trabalho de elevação das orações pode facilmente ser comparado à elevação do cone de poder na Wicca, onde ao alcançar o ápice da geração de poder (energia) os membros do grupo se “libertam” do fluxo, e algumas vezes se jogam ao chão como sinônimo de conclusão da atividade e para restaurar as energias através do aterramento. 

Curiosidades: Praticamente todos os símbolos possuem formas circulares, os povos celtas tinham como característica de suas artes fazer complexos desenhos circulares em formas de espirais. Na Wicca o círculo também representa a Deusa em seu aspecto de Mãe, fazendo com que, ao entrar num circulo mágicko o adepto esteja penetrando no útero da Deusa e sendo guiado aos seus mistérios universais.

Outras descrições:
“O círculo, por outro lado representa a totalidade. Tudo dentro do círculo é uma coisa só, circundada e limitada. Esse seria o aspecto espacial. Mas o aspecto temporal do círculo é que você parte, vai a algum lugar e sempre retorna. O universo é o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. O circulo sugere imediatamente uma totalidade completa, quer no tempo, quer no espaço”.
(Campbell, Joseph – O poder do mito. São Paulo: Palas Athena, 1990 p.225-226)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Talismãs

É um instrumento utilizado há milênios pelas mais diferentes sociedades para atrair ou aprisionar energias ou seres específicos e criar certos sigilos que ligam os indivíduos a egrégoras ou forças específicas. Normalmente são divididos em planetários, zodiacais e elementais de acordo com as energias que são utilizadas em sua confecção.
OBS: A imagem mostra outro exemplo de talismã na Wicca: pingentes com desenhos de runas!


Fonte: http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/index.asp?Qs_idConteudo=352

Amuletos


São pequenos colares consagrados que servem para proteger e fortalecer o bruxo, repelindo e atraindo energias específicas. Além de servirem como adornos decorativos. São feitos com materiais diversos e normalmente são símbolos conhecidos como pentagramas (foto), hexagramas, Anks e afins.


Fonte: http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/index.asp?Qs_idConteudo=351

Bolline (Bollini)


O Bolline ou Bollini é um punhal ou foice de cabo branco com corte, utilizado para cortar ervas, gravetos, frutas e demais materiais utilizados nos rituais. Recomenda-se o uso cauteloso por esse instrumento possuir corte, além disso, nunca deve ser manuseado nos rituais em danças ou qualquer atividade que possa gerar perigo aos participantes. Por esse motivo normalmente é utilizado e depois guardado adequadamente.


Fonte: http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/index.asp?Qs_idConteudo=350 

Pentáculo


O Pentáculo ou Pantáculo é um instrumento de madeira, argila ou metal, redondo, utilizado para representar o elemento terra e para auxiliar na consagração dos outros instrumentos. Normalmente chamado de pentáculo por possuir um pentagrama desenhado, de forma que sirva durante a consagração também como um representante de todos os outros elementos. É também por esse motivo que em seu nome aparece a derivação “Pan”, que em grego significa “tudo”.


Fonte: http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/index.asp?Qs_idConteudo=349

Túnica


Roupa ritualística usada por boa parte das Tradições que não são adeptas da nudez ritualística. Além disso, serve para proteger do frio e para embelezar as celebrações. São feitas de panos leves como a seda. E variam bastante no modelo, umas são como capas, outras possuem mangas longas e podem ou não ter desenhos e símbolos bordados. As cores mais comuns são o branco ou o preto.
 

Fonte: http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/index.asp?Qs_idConteudo=148

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Chave Mágica


É um instrumento utilizado para manter estáveis as energias dos ambientes ou para “abrir” e acessar certos locais astrais ou mentais criados pelo próprio bruxo.
Normalmente a Chave Mágicka é criada a partir de materiais naturais como gravetos, folhas, ervas, penas e afins que são alimentados com uma energia especifica e consagrados para produzirem determinada atividade constantemente. Como, por exemplo, recarregar e purificar suas forças quando você tocar na chave.