Significado Geral: Proteção, estabilidade , Perfeição, Renovação e Fluxo Energético.
Tempo e Espaço: Não se sabe com exatidão quando os povos começaram a utilizar círculos em celebrações, rituais ou eventos. É possível encontrar nos mais diferentes locais do mundo, figuras circulares e adornos circulares que de algum modo sempre estavam ligados à cultura religiosa e ‘mística’ dos povos. Monumentos megalíticos, como o Stonenhege, são clássicos exemplos da criação de espaços circulares sagrados, que ao que tudo indica, eram utilizados para rituais religiosos e funerários.
Alquimia e Ocultismo: Nas diferentes correntes e grupos que trabalham com o que podemos chamar de “ocultismo” o círculo é um símbolo do poder criativo do universo, ele não tem inicio, não tem fim e tampouco um elo fraco. Desta maneira o círculo é visto como um símbolo de perfeição, de continuidade e que representa diretamente o processo cíclico da vida. Normalmente o círculo não aparece sozinho, mas formando um outro símbolo, dando a ele um maior significado.
Tradições (neo)Pagãs: Dentro das tradições atuais, o círculo, além de possuir todo o significado descrito quanto ao ocultismo, também representa a fortaleza das práticas religiosas. Na Religião Wicca um círculo é traçado no chão de forma que todos os membros da celebração fiquem inseridos nele, tal representação é embutida do poder energético dos sacerdotes para proteger os participantes de energias e seres externos ao ritual , e também tem a função de estabilizar, gerar fluxo e ampliar o poder gerado no espaço sagrado.
Muitas tradições pagãs não traçam o círculo ritualístico, ou círculo mágicko como ficou mais conhecido, essa prática é mais comum em grupos ocultistas, cerimonialistas e na Wicca. Porém, mesmo sem traçar diretamente o círculo, eles normalmente executam seus rituais em clareiras circulares e tendem a organizar-se em círculo durante as celebrações.
Comparativos: Existem práticas cristãs de elevação de bênçãos e orações que são normalmente ministradas por sacerdotes ou devotas, onde as pessoas se organizam em círculos dando as mãos e soltando somente quando percebem chegar ao ápice das entoações religiosas. Tal trabalho de elevação das orações pode facilmente ser comparado à elevação do cone de poder na Wicca, onde ao alcançar o ápice da geração de poder (energia) os membros do grupo se “libertam” do fluxo, e algumas vezes se jogam ao chão como sinônimo de conclusão da atividade e para restaurar as energias através do aterramento.
Curiosidades: Praticamente todos os símbolos possuem formas circulares, os povos celtas tinham como característica de suas artes fazer complexos desenhos circulares em formas de espirais. Na Wicca o círculo também representa a Deusa em seu aspecto de Mãe, fazendo com que, ao entrar num circulo mágicko o adepto esteja penetrando no útero da Deusa e sendo guiado aos seus mistérios universais.
Outras descrições:
“O círculo, por outro lado representa a totalidade. Tudo dentro do círculo é uma coisa só, circundada e limitada. Esse seria o aspecto espacial. Mas o aspecto temporal do círculo é que você parte, vai a algum lugar e sempre retorna. O universo é o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. O circulo sugere imediatamente uma totalidade completa, quer no tempo, quer no espaço”.
(Campbell, Joseph – O poder do mito. São Paulo: Palas Athena, 1990 p.225-226)
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