Ensinamento

A definição mais popular de magia é: "A Arte de alterar e moldar a realidade através do poder da vontade".

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Dia Mundial do Orgulho Pagão


O Dia Mundial do Orgulho Pagão é comemorado em todos os países no dia 23 de setembro. O vídeo acima mostra wiccanos festejando em Fortaleza-Brasil. Obs: Lembrando que nem todo pagão é wiccano.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

4 palavras importantes

Para seguir a Wicca existem 4 palavras:


- Responsabilidade: Para agir corretamente, para usar a magia dentro da ética dos bruxos, não tirando o livre arbítrio nem prejudicando ninguém.


- Estudo: O conhecimento vem aos poucos, através de anos de dedicação e estudo, muito estudo. A Wicca tem vários tópicos, vários ensinamentos, então estude para aprendê-los.


- Respeito: Respeitar as outras crenças e as outras pessoas, os deuses e elementos e os próprios irmãos.


- Silêncio: Aí é questão de senso. Revele os segredos mais profundos da Wicca que você aprendeu apenas àqueles que se interessam ou são wiccanos, para que leigos não usem esses segredos de forma inapropriada.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Preconceito e inverdades no DICIONÁRIO


Na aula de português, meu professor explicou "feitiço" como "o que prende você".
Na hora eu fiquei revoltada, porque nem todo feitiço prende, ou seja, tira o livre arbítrio de alguém. Depende da ética do bruxo (a). Pedi para ele o dicionário, acho que era o Aurélio, e procurei palavras como "feitiço", "feiticeira (o)", "feitiçaria", "bruxo (a)", "bruxa", "bruxaria", etc. Falavam muito sobre o retiro do livre arbítrio. Para "bruxa" encontrei: Mulher velha, feia e com verrugas; com má intenções.
Para "bruxo (a)" encontrei: Pessoa que usa poderes sobrenaturais para controlar outras pessoas.
Fiquei chocada. Pelo visto o dicionário está mancomunado com a Igreja para difamar a Bruxaria ou foi influenciado pelo senso comum que a Igreja estabeleceu ao longo desses anos desde a Inquisição. Enquanto essas definições erradas estiverem no dicionário esse preconceito não acabará. Sem contar que tem gente que acha que Paganismo é quem não tem Deus no coração. Paganismo = do campo, ou seja, é uma religião onde se convive em harmonia com a natureza, de igual para igual com ela, e não superior a ela, como no Cristianismo.

sábado, 12 de maio de 2012

Feliz Esbbath da Lua Minguante!

Hoje, dia 12, a lua passa de Cheia para Minguante! Comemorem esse esbbath com danças, cânticos, orações e meditações sobre os problemas a serem resolvidos! O Altar dos antepassados deve receber atenção, pois a Lua Minguante representa a face Anciã da Deusa, que deve ser chamada de Hécate nessa fase em que ela possui grande sabedoria e está pronta para a morte! Feitiços e poções de cura tem forte poder hoje! Cores: preto, vinho e marrom.

Bençãos lunares à todos!

O que é um Panteão?

Existem várias tradições dentro da Wicca. Cada tradição acredita num Panteão de deuses, além da Deusa Lua e do Deus Sol. Sou wiccana da tradição eleusiana, que acredita no Panteão dos deuses gregos. Cada deusa grega (Afrodite, Atena, Ártemis, Hera, Perséfone, Deméter, etc) é, para quem crê na tradição eleusiana, uma face da Deusa Diana (nossa Deusa-Mãe, Deusa da Lua), como se Afrodite fosse o lado do amor e da beleza da Deusa, Atena fosse a sabedoria, Hera o lado mãe e esposa, e por aí vai. E cada deus grego (Apolo, Poseidon, Zeus, Hades, Eros, etc) fosse uma face do nosso Deus.
Mas existem outras tradições, com outros panteões, como o egípcio( Ísis, Osíris, Hórus, Seth, Sekhmet, etc), o romano (Marte, Netuno, Vênus, Diana, Minerva, Júpiter, Plutão, etc), o celta (Cernunnos, Brighid, etc)...
Obs: Imagem do panteão grego.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A Wicca antes e agora

Quando falamos em bruxas, a primeira imagem que a pessoa associa é aquela mulher velha, feia, nariguda, que tem um gato preto como única companhia e faz todo tipo de feitiço capaz de prejudicar quem quer que seja. Essa é a bruxa que a Igreja Católica nos impôs na Idade Média. Qualquer mulher que vivesse sozinha, fosse solteira, ou ainda, que tentasse aprender a ler e a escrever era considerada bruxa. Vejam que absurdo!E naquela época, as mulheres tinham que saber um pouco sobre a cura, sobre ervas, elas é que faziam os partos, pois os homens eram proibidos de tocar no corpo das mulheres.   E como não podiam se instruir, muitos bebês morriam, sendo a parteira, muitas vezes acusada de ter matado a criança devido a um pacto com o demônio... Qualquer coisa fora do que era considerado normal já fazia com que suspeitassem de alguém. E o final de milhares de mulheres foi a morte na fogueira. A maioria, inocentes, eram mulheres comuns: parteiras, curandeiras, solitárias.... Foi uma face muito triste da Idade Média.
Entretanto, mesmo com a perseguição implacável da Igreja e da Inquisição, as antigas tradições e costumes continuaram a ser transmitidos oralmente, de geração a geração. Por causa disso, muita coisa se perdeu, e não podemos dizer que a Wicca que temos hoje é a mesma de séculos atrás. Aliás, Wicca é um termo moderno para designar a Arte, a Bruxaria de hoje, porém sua essência é a mesma da antiga religião. A história da bruxaria vai muito mais além, chega até o início dos tempos (leia mais em "Paganismo" e "Wicca"), quando os homens viviam em completa harmonia com os ciclos da natureza.   
E, hoje, vendo a situação em que se encontram as pessoas, muitos de nós começamos a perceber que há algo de errado; buscamos um sentido para nossas vidas, e então nos deparamos com algo que estava meio esquecido e apagado com o tempo, mas que agora começa a ressurgir: a Wicca.
Hoje já existem muitos livros e sites na internet que falam sobre o assunto, porém não se pode acreditar e seguir à risca tudo o que eles dizem. Muitas pessoas querem se tornar bruxas de um dia para o outro, simplesmente porque acham "legal", ou porque a Wicca é algo que está "virando moda". Ser bruxa não é apenas ter um altar em casa, usar um pentagrama pendurado no pescoço, e ter todos os instrumentos que são usados como símbolos. Ser bruxa é um estado de espírito, é algo muito mais profundo e antigo. É preciso sentir com o coração, amar a natureza, tentar se sintonizar com ela e viver em harmonia com o mundo, com as pessoas. É querer fazer sempre o bem, não importando a quem.
Muitas pessoas acham que na Wicca, as bruxas fazem rituais de magia negra. Isso é uma idéia errada, pois a Wicca trabalha apenas com a magia branca, jamais fazendo algo que vá prejudicar alguém. Inclusive, a principal lei da Wicca é a seguinte: "Faça o que quiseres, desde que não prejudiques o outro". Porém, se há pessoas mal-intencionadas que usam o poder para prejudicar alguém, há uma outra lei da Wicca, a Lei Tríplice, que diz: "Tudo o que fizeres voltará a ti multiplicado por três". Ou seja, se a pessoa fizer algo de ruim, ela receberá em dose tripla o que fez. Se ela fizer coisas boas, somente coisas boas voltarão para elas e ainda multiplicadas por três! Essas são as leis da Wicca, que devem ser seguidas por quem deseja viver em paz consigo mesmo e com os outros.
Os bruxos de hoje reúnem-se em grupos chamados coven, onde realizam os rituais de adoração à Deusa, e também os rituais que marcam as passagens das estações, tentando seguir um calendário que esteja de acordo com os ciclos da natureza. Entretanto, não é obrigatório fazer parte de um coven, há muitos bruxos que preferem trabalhar sozinhos, cada um escolhe o que achar melhor para si. Muitos bruxos também estão diretamente ligados a movimentos de proteção ao meio ambiente e aos animais, pois tudo o que faz parte do mundo e da natureza é considerado sagrado e deve ser preservado.
Enfim, como pode se ver, bruxos ou bruxas são pessoas normais, como qualquer um. Não há nada que os diferenciem dos outros, a não ser a consciência da vida em harmonia com a natureza, que muitas pessoas hoje não possuem. Qualquer um pode se tornar bruxa, basta sentir-se como tal. Não é necessário ter um altar em casa, ou todos os instrumentos, como dizem os "manuais", o importante é sentir. Faça da natureza seu mais belo altar. Ame a natureza, sintonize-se com ela. A verdadeira bruxa não precisa dizer quem é, nem carregar símbolos para se diferenciar; a verdadeira bruxa descobre-se através de seus mais puros e sinceros sentimentos que afloram de dentro de seu coração.

A Wicca vem se propagando

Número de interessados em Wicca está aumentando na região

Repórter: LUCIANA GONCALVES TEIXEIRA
Fundada na década de 1950 por Gerald Gardner, a Wicca é uma religião voltada para a pratica do bem, baseada nos antigos rituais dos Celtas. Com o passar dos anos ela foi se tornando cada vez mais popular, porém sua ascensão no interior de São Paulo está sendo lenta e complicada, pois em cidades pequenas não há muita informação sobre esse tema. Por lidar com magia e feitiços, a Wicca é vítima de preconceitos de gente desinformada, sendo acusada de seita e de prática demoníaca. Na região de Araraquara, cresce o interesse em saber mais sobre a filosofia dessa religião. Bruxos que atuam nas cidades próximas são procurados por pessoas interessadas em saber mais sobre a Wicca.
A sacerdotisa Neusa Borelli, na Wicca há 30 anos, que mora em Guariba, conta que as pessoas têm procurado seus conhecimentos com mais freqüência nos últimos anos, porém, ela afirma que ainda há muito preconceito, mesmo entre aqueles que a procuram. “As pessoas pensam que a Wicca é um modo de resolver os problemas pessoais, como um último recurso. A maioria acha que se trata de simpatias para o amor e coisas assim. Mas a Wicca é mais do que isso, é uma religião”, ela explica.
O principal fator que impede o maior crescimento da Wicca é o preconceito, constata a sacerdotisa Neusa. Como ele é muito freqüente, os praticantes da Wicca se fecham para se preservar, o que torna mais difícil a obtenção de informações para quem se interessa em praticar. Mas essa situação está mudando aos poucos. Como observa a sacerdotisa Neusa Borelli, até os preconceituosos se interessam pelo tema e têm procurado saber mais sobre ele. Neusa acha que isso acontece porque a magia é uma coisa que desperta muita curiosidade pela aura de mistério que carrega.
Em Guariba, cerca de 12 pessoas se reúnem para celebrar os Sabats (Festivais em que os bruxos celebram as mudanças de ciclos da natureza). São poucos praticantes, quase todos da família da sacerdotisa Neusa,e alguns de Ribeirão Preto, mas o fato de eles existirem em uma cidade tão pequena quanto Guariba, é uma prova do quanto essa religião vem crescendo, acredita a religiosa.
Em Araraquara também há bruxos. Na cidade há reuniões sobre Wicca todas as quintas-feiras, às 19 horas, segundo Marcos, praticante da Wicca. Quem estiver interessado em participar das reuniões e quiser saber o local, pode pedir informações na Comunidade do Orkut “Wicca Araraquara”. O link é: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2530165
A internet tem sido um importante instrumento para a divulgação da Wicca no interior de São Paulo. Há inúmeros sites sobre bruxaria, fóruns de discussão sobre o tema e comunidades no Orkut com informações para quem quer estudar. Eduardo Galiani, estudante de jornalismo e morador da cidade de Matão, conta que conheceu a Wicca há dois anos, através de um filme. Depois, passou a estudar em sites. Ele acha que a internet é muito importante, porque nem sempre as pessoas podem comprar bons livros, que são caros, então a rede acaba sendo o único meio de obter textos sobre o assunto.
A Wicca também vem ganhando espaço na mídia. A nova novela das seis da Rede Globo tem bruxaria como tema central. A jornalista Eddie Van Feu, autora da série de revistas Wicca e de mais três livros sobre a religião, acha que o fato da novela abordar esse assunto é uma coisa boa para o esclarecimento das pessoas. Feu diz que como a TV é muitas vezes a única fonte de informação que a maioria das pessoas tem, essa novela pode despertar o interesse e a curiosidade pela magia, o que fará com que mais interessados busquem saber o que a magia realmente é.
No site de relacionamentos Orkut, é possível encontrar comunidades de membros Wiccanos aqui da região de Araraquara. A comunidade “Wicca Araraquara”, que tem 28 membros e a comunidade “Wicca – Interior de São Paulo”, que conta com 164 membros são dois exemlos. Para quem quer estudar Wicca e fazer parte de um Coven (grupo de estudos e prática de magia) aqui na região, o Orkut é uma forma eficiente de fazer contatos com quem já pratica essa religião.
O que é Wicca
A Wicca é uma das vertentes da bruxaria. É chamada de bruxaria moderna, pois seu fundador, Gerald Gardner, se inspirou na antiga religião Celta, mas a adaptou para o mundo moderno. É uma religião que celebra a natureza e seus ciclos, usando essa energia para realizar mudanças no mundo físico, o que é chamado de magia.
Ao contrário do que muitos pensam, a Wicca nada tem a ver com demônios e magia negra. Seus praticantes nem sequer acreditam no diabo, ser mitológico que faz parte das crenças do cristianismo, não da bruxaria. Os Wiccanos tem uma lei muito importante, que é a lei do retorno triplo: “Tudo o que você fizer voltará para você três vezes”.
Os bruxos são pessoas responsáveis que não interferem nas vidas e no livre arbítrio das pessoas, pois assumem a conseqüência de seus atos. Eles respeitam a natureza como a Grande Mãe, a provedora da vida.
A maioria dos bruxos faz parte de algum tipo de órgão de proteção à natureza e aos animais. Muitos ajudam animais abandonados na rua, tornam-se vegetarianos e levam uma vida ecologicamente correta.
Talvez essa ligação com a natureza seja o motivo de as pessoas procurarem mais a magia ultimamente. Nessa época de aquecimento global e maus tratos ao meio ambiente, a propagação da Wicca é considerada pelos praticantes como uma resposta positiva na busca pela sobrevivência da vida humana na terra.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Tolerância já!

Aviso: O preconceito corre por aí!

Os wiccanos já sabem, mas aqueles que pretendem entrar na Arte precisam saber: ainda há preconceito! Em geral, temos pessoas que não acreditam em magia e que acham que brincamos de uma religião (que para eles não existe) em que se faz feiticinho. Esses são os que zoam. Mas tem algumas pessoas, em sua maioria católicos e evangélicos fanáticos, que acham que nosso religião é do demônio deles, que estamos possuídos e precisamos ser exorcisados. Cuidado com essas pessoas. Obviamente não dá para estourar uma Inquisição da Nova Era, pois a ONU não deixaria isso acontecer de jeito nenhum, nem outros países. Mas existem pessoas desequilibradas, que decidem fazer a "justiça divina" com as próprias mãos. Essas pessoas representam perigo. Fiquem de olho, cuidado quando forem revelar sua religião. Bruxaria é ocultismo não porque é do mal, mas porque fomos obrigados a ficarmos ocultos por causa do preconceito, o que antes não existia. O Paganismo era normal, tradicional. E então... bem, foi tudo por água a baixo. É triste que as mulheres agora se rebaixem tanto a acreditar numa religião altamente patriarcal, em que a mulher é apenas a origem do pecado, a origem da expulsão do Jardim do Éden. É triste que não acreditem que se há um Deus, há uma Deusa.Porque, afinal de contas, se os homens foram feitos à imagem e semelhança de Deus, as mulheres foram feitas à imagem e semelhança de quem?

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A parte mais dificil: Comunicar à família

Eu já passei por isso e minhas irmãs de coven também. Nós não pensamos direito em nossas famílias cristãs quando nos iniciamos na Wicca, porque era uma decisão que devia ser tomada apenas por nós. Mas depois, percebemos que era algo difícil de esconder. A mim, particularmente, não era agradável esconder da minha mãe. Mas como contar algo desse tipo sendo que a Igreja tem tanta oposição contra a bruxaria? Como contar que sou wiccana depois da Igreja ter destruído a imagem de nossa religião dizendo que era coisa do demônio (inventado por eles próprios)? É uma tarefa realmente difícil... E dá medo, apreensão. Mas consegui coragem e contei. Expliquei o que era, que não era do mal, que era uma grande conexão com a natureza e com os deuses antigos. Consegui tirar um pouco do preconceito, mas não todo. Ainda assim conto com certo apoio. Aos que querem se iniciar e estão lendo isto, aviso que pode acontecer com vocês diferente de como aconteceu comigo. Há famílias que ficam brigadas com o dito "desvirtuado", que tentam fazê-lo seguir a religião "certa". No caso de maiores de idade, a família pode até cortar relações. Isso infelizmente acontece, é real. Tudo por causa do fanatismo religioso. Da mania de achar que existe religião certa. Não existe religião certa. Existe a fé. E a fé vem de cada um, ninguém pode obrigar o outro por acreditar em algo, ou desacreditar.
Então, quando for contar para alguém (qualquer pessoa, da família ou não), lembre-se que corre o risco da pessoa nunca mais falar com você ou até mesmo sair te defamando. É com tristeza que digo: a Bruxaria ainda sofre preconceito, mesmo nesses tempos modernos. E não só a bruxaria, mas as religiões africanas (candomblé, umbanda, etc) também sofrem. Principalmente no Ocidente, onde a cultura é, em sua maioria, cristã. O Cristianismo está por toda parte! Até para datar acontecimentos (a.C, d.C), em expressões (Nossa Senhora!, Aleluia!, Amém!), em feriados... Eu não acho isso justo, acho que é impor demais uma religião ao povo. Como se existisse apenas uma religião. Porque o padroeiro do Rio de Janeiro (para citar meu estado) é São Jorge, um santo católico?? Tantos deuses por aí e tinha que ser um santo católico? Porque a Páscoa é um feriado e Ostara não é? Na minha opinião, não deveria existir feriado religioso. Como atender aos feriados de tantas religiões? Já que, na minha opinião, é errado conceder feriados a apenas uma religião. Enfim, vamos lutar para que o preconceito imposto pelo Cristianismo contra a Wicca, o Druidismo, etc, acabe de vez! Não é possível que em meio a tanta modernidade, avanços, tecnologia e globalização ainda haja este preconceito antigo! Quantas vezes, quando digo que sou wiccana, as pessoas me perguntam se eu faço macumba? Inúmeras! Está na hora de, nas aulas de Ensino Religioso nos colégios, os alunos aprenderem um pouco de cada religião, estando com conhecimento suficiente para fazer sua escolha, ver com qual se identifica mais, perder preconceitos!
Enquanto o mundo ainda tiver preconceitos (de qualquer tipo), a humanidade não irá evoluir.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Adeptos da Wicca no MTV


OBS: Os costumes do coven mostrado são de uma tradição. Nem todas as tradições celebram uma deusa a cada Esbbath, entre outras coisas.

Preceito Diário

Eu me levanto hoje
Pela força dos céus
Luz do Sol
Brilho da Lua
Resplendor do Fogo
Presteza do Vento
Profundidade do Mar
Estabilidade da Terra
Firmeza da Rocha.

QUE ASSIM SEJA!
E ASSIM SE FAÇA!

Oração para a Grande Mãe (Tradicional)

A sua Arte, Senhora, veio à luz.
Quem poderá escapar de seu poder?
Sua forma é um eterno mistério;
Sua presença paira
Sobre as terras quentes.
Os mares te obedecem,
As tempestades se acalmam.
A sua vontade detém o dilúvio.
E Eu, tua pequena criatura,
Faço a saudação:
Minha Grande Rainha,
Minha Grande Mãe!

O que a Wicca é!

A Wicca é uma religião neopagã, mítica, politeísta, iniciática, de culto dualista e orientação matrifocal.
A palavra paganismo vem do termo latino “paganni”, que significa “do campo”, referindo-se aos povos essencialmente agrícolas, seus costumes e crenças. Portanto, religiões pagãs eram todas aquelas onde se cultuavam os deuses da natureza e seus fenômenos, geralmente objetivando garantir boas colheitas. Como atualmente nossa sociedade não é mais basicamente agrária, e nem cultuamos os antigos deuses exatamente como no passado, hoje utilizamos o termo neopagão.
Religiões míticas são aquelas baseada em algum sistema mitológico, onde os deuses são personagens em histórias que teriam acontecido no passado, mas que são relembradas e vivenciadas através de ritos e cerimônias. A wicca não tem uma mitologia única, pois cada tradição cultua diferentes panteões de deuses. O que todas as tradições têm em comum, independente de quais deuses cultuam, é que eles são os responsáveis pela sucessão dos ciclos sazonais.
O politeísmo é a crença e culto em vários deuses, com atributos e personalidades próprias, em oposição ao conceito de Monoteísmo, que prega a existência de um único deus todo-poderoso.
Religiões iniciáticas são aquelas onde é necessário passar por um determinado período de preparação e alguns ritos, para que uma pessoa possa ser considerada oficialmente um membro.
O dualismo é a crença de que, dentro de tudo que existe no universo, existem forças opostas e complementares, como luz e trevas, masculino e feminino, yin e yang. Assim, a Wicca possui um culto dualista, porque, apesar de acreditarmos em vários deuses, durante nossas celebrações escolhemos um casal de deuses para representar a Grande Deusa Mãe, e sua contraparte, o Deus Cornífero.
O matriarcado era uma estrutura de organização social presente na maioria das antigas civilizações. Nessas sociedades, a mulher tinha um papel de destaque, onde elas assumiam a liderança familiar e religiosa. O feminino era reverenciado pelo fato de somente as fêmeas serem capazes de dar à luz – um atributo mágico e sagrado da natureza, que é a Grande Deusa Mãe. Apesar disso, nessas sociedades, homens e mulheres eram tratados como iguais; diferente da atual sociedade patriarcal em que vivemos, onde a mulher é considerara inferior aos homens. Da mesma forma, na Wicca valorizamos a igualdade entre os gêneros. Os homens apenas precisam ter um respeito especial pelas mulheres, pois todos nasceram de uma mulher.

Texto escrito pelo Sacerdote Diogo Ribeiro
Fonte: http://uniaowiccadobrasil.org.br/index.php/definindo-a-wicca/a-wicca-e

O que a Wicca não é!

A Wicca é uma Religião que não faz uso, nutre ou apóia quaisquer expressões de Maniqueísmo, Proselitismo ou Preconceitos.
O maniqueísmo é a crença na existência do “bem” e do “mal” como forças contrárias e em eterna disputa, onde de um lado temos um “mal absoluto” ou “Demônio” em oposição a um “bem absoluto” ou “Deus”, conceitos comuns a maioria das religiões monoteístas. Na Wicca não cremos em tais conceitos, pois sabemos que somos animais e fazemos parte da natureza, e a natureza desconhece tais conceitos, existindo apenas os instintos motivados pela necessidade, a teia alimentar e a lei da sobrevivência do mais apto e sua seleção natural.
Proselitismo é o uso de discursos, sermões e pregações públicas com o objetivo de convencer, converter e arrebanhar fiéis. Esta prática, comum a muitas religiões, é uma invasão desrespeitosa ao espaço pessoal, causa desconforto, pode gerar conflitos, além de ser uma violação ao direito de livre arbítrio do ser humano. Todos têm a capacidade de buscar por si mesmos seu caminho espiritual e o direito de escolherem a fé que desejarem. Wiccanos não precisam converter ninguém, pois não reconhecemos os conceitos de pecado, salvação ou sofrimento eternos; além de acreditarmos que quando temos afinidade pelos deuses antigos, recebemos o “Chamado da Deusa”.
A Wicca não nutre preconceitos de qualquer espécie nem exclui pessoas de quaisquer grupos, gênero, orientação sexual, cor, religião, procedência, deficiência física, forma de pensar ou qualquer outra espécie. Todos são aceitos em nossa religião, pois a Deusa é a natureza, plena em diversidade, e abençoa a liberdade, o amor e o prazer de ser o que se é. Da mesma forma, wiccanos devem respeitar todas as diferenças que existem entre as pessoas, procurando conviver em harmonia com todos, inclusive com pessoas de outras religiões, visto que não reconhecemos conceitos como “verdade absoluta” ou “único caminho”.

Texto escrito pelo Sacerdote Diogo Ribeiro
Fonte: http://uniaowiccadobrasil.org.br/index.php/definindo-a-wicca/a-wicca-nao-e

Crenças Wiccanas

Com base nos acontecimentos relatados em nossos mitos, na ciência e no dinamismo presente em toda a natureza, nós acreditamos na existência de outros mundos ou dimensões espirituais, bem como na existência da vida após a morte e na reencarnação da alma. De acordo com o mito, quando morremos voltamos para o útero da Deusa, que é a própria terra, e nossa alma fica vivendo em outro mundo enquanto rejuvenesce e espera para renascer. A física já provou a existência de várias dimensões e universos paralelos. E na natureza, quando morremos, nosso corpo se decompõe, nossa matéria se desagrega, tornando-se adubo e sendo absorvido por outros seres, com nossos átomos circulando na teia alimentar, em todos os reinos. Tais fatos justificam e fortalecem nossa crença.

A Wicca não possui um livro sagrado como outras religiões, pois as antigas tradições e ensinamentos que perpetuamos, eram transmitidos, na maioria das vezes, oralmente. O único dogma da fé wiccana é um provérbio conhecido como “Rede Wiccan” (Conselho Wiccano), que adverte o seguinte: “Faça o que quiseres, sem a ninguém prejudicar. Mas este conselho deve ser interpretado de forma flexível, visto que é impossível viver sem causar um mínimo de dano a outrem, sejam os insetos, os animais dos quais nos alimentamos, e mesmo em casos de autodefesa.

Outra advertência conhecida é a “Lei Tríplice”, uma lei espiritual que diz o seguinte: “Tudo o que fizeres, a ti retornará multiplicado por três”. Portanto nós somos os únicos responsáveis por nossas ações e devemos estar plenamente cientes de suas consequências, cabendo a nós fazermos o que quisermos, desde que usemos do bom senso e da ética.

Esse fato tende a dificultar a permanência de algumas pessoas na religião Wicca, pois muitos acreditam depender de intermediários para alcançar os deuses e não conseguem se responsabilizar por suas próprias vidas, e por comodismo, preferem recorrer a terceiros para a indulgência.

Não é fácil ser um wiccano. É necessário conseguir romper com muitos paradigmas e conceitos que estão arraigados em nosso inconsciente, num processo de regressão a condição original do homem: de viver em harmonia com o meio ambiente e com o todo, sem medo ou culpa. Esse processo pode ser difícil para algumas pessoas, até mesmo doloroso, pois é como superar traumas e quebrar barreiras que já fazem parte de nossa estrutura social e cultural, como alguns conceitos de “certo” e “errado”.

Uma barreira que as pessoas costumam ter, é a cerca das relações que existem entre nossos deuses. Nós adoramos uma deusa que se une sexualmente com seu próprio filho. A sociedade tende a julgar isso como incesto, mas devemos nos lembrar que nossos deuses são o reflexo da natureza, e entre os demais seres vivos, esta é uma relação comum, que ocorre quando necessário. Também não devemos nos esquecer que estamos falando de uma relação simbólica coerentemente contextualizada no mito. Isso não quer dizer que wiccanos pratiquem ou mesmo incentivem o incesto, até mesmo porque sabemos que biologicamente não é uma relação das mais seguras, pois pode gerar descendentes com problemas genéticos.

Outra dificuldade que algumas pessoas podem ter, é aceitar que adoramos um deus que tem chifres. Em todas as antigas culturas, os chifres são símbolo de poder, sabedoria, força e virilidade. Isso nada tem a ver com o “Diabo” da mitologia judaico-cristão, cujo nome é Shaitan, que originalmente não tinha forma, depois foi retratado como um “anjo caído”, e posteriormente foi associado à figura de vários deuses pagãos que tinham chifres, especialmente o deus grego Pã e o indo-europeu Cernnunos.

Texto escrito pelo Sacerdote Diogo Ribeiro
Fonte: http://uniaowiccadobrasil.org.br/index.php/definindo-a-wicca/crencas-wiccanas

Magia - Origens e Conceitos

A palavra magia vem do grego “μαγεια” (magueia), que é a arte do mago; idéias e práticas que se baseiam na crença de que alguns objetos e operações sejam capazes de causar o efeito desejado sobre os seres e fenômenos naturais.

A definição mais popular de magia é “A arte de alterar e moldar a realidade através do poder da vontade.” Diferentemente do que se pensa, a magia não é um meio de burlar as leis naturais, ao contrário, é o uso “emprestado” do poder da natureza e seus elementos. A compreensão de seus mecanismos e a escolha do momento propício para a realização da mesma, buscando o alinhamento de todas as forças possíveis, que possam se somar para agilizar e aumentar a precisão do resultado é um dom que o bruxo e/ou a bruxa adquirem com anos de prática e treinamento.

A magia é tão antiga quanto a própria humanidade. De fato, ela já existia antes mesmo de o ser humano começar a rascunhar as bases para as primeiras religiões, e podemos vê-la registrada na arte do Período Paleolítico Superior, que data de aproximadamente 45.000 anos atrás.

Nas pinturas rupestres encontramos gravuras de homens vestidos com peles, chifres e penas de animais, que foram identificados como xamãs. Ao que parece eles eram figuras respeitadas dentro dos clãs, cuidando dos doentes com seus conhecimentos das ervas, presidindo as cerimônias, os ritos de passagem, os funerais e os enterros dos mortos.

Nas Vênus Esteatopígeas, que são estátuas rústicas de mulheres de seios fartos e quadris largos, vemos a reverência ancestral ao feminino e ao mistério da gravidez.

Dentre os muitos objetos encontrados deste período, existem diversos adornos que parecem ser amuletos e talismãs para trazer proteção e boa sorte nas caçadas, além de instrumentos musicais como tambores e flautas que podem ter sido usados em cerimônias religiosas para estimular o transe.

Durante todo esse tempo, o homem foi um caçador-coletor, de natureza nômade, e por realizar a maioria de suas caçadas à noite, tirando vantagem da escuridão para armar as emboscadas, a Lua tinha um papel fundamental e esse era um dos motivos para sua veneração. Essa veneração à Lua também era fortalecida por sua relação com os ciclos menstruais e reprodutivos da mulher.

Mais tarde, com o aumento populacional e o fim da última Era Glacial, o ser humano foi se tornando sedentário e começou a fixar moradia, criando as primeiras cidades. A partir de então, em mais ou menos 10.000 anos a.E.C., no período Neolítico, surge a agricultura, a domesticação de animais e a pecuária, marcos que possibilitaram o início das primeiras civilizações humanas.

Até então para sobreviver, o homem estava completamente à mercê das forças da natureza. Mas ao observá-la, percebeu a importância do Sol e a existência das estações do ano. Notou também que havia uma época certa para plantar, outra para colher, e que se não seguisse o ritmo desse ciclo natural, não teria alimentos e morreria de fome.

Dessa forma, o ser humano criou certos hábitos, como dar oferendas à terra e a divindades que personificavam as forças da natureza, visando garantir boas colheitas e a saúde do gado. Inicialmente, esses costumes, que eram passados de geração a geração, não eram propriamente religiosos, mas com o passar do tempo eles formaram as bases para as primeiras religiões pagãs, que são repletas de práticas mágicas.

Assim como a cultura e a tecnologia foram se desenvolvendo com o tempo, a magia também foi se sofisticando, chegando hoje ao que conhecemos como magia cerimonial. Acredita-se que magia cerimonial tenha se originado principalmente da civilização Sumério-Babilônica, e daí alcançou o Império Persa, a Grécia, o Egito e a África Ocidental, onde foi se diversificando de acordo com cada povo.

Hoje a magia não tem fronteiras, estando presente em todas as culturas e em todas as religiões do mundo, das mais diversas formas. Quando falamos em relíquias sagradas, arquitetura dos templos, oferendas a divindades, cultos cerimoniais, comunicação com os espíritos, incorporação, profecias, revelações, orações, milagres da fé, etc., estamos falando de magia.

A magia pode ser realizada com o auxílio de símbolos, instrumentos, cerimônias ou operações ritualísticas que se baseiam em algum sistema mágico. Sistemas mágicos são conjuntos de dogmas e preceitos unidos de forma a auxiliar o operador a alcançar seus objetivos da maneira mais adequada. Não há um sistema mágico melhor ou pior que outro. O que pode fazer a diferença nos resultados é o nível de conhecimento sobre o sistema escolhido e o grau de afinidade do magista com a energia do mesmo.

Muito se fala em magia branca e magia negra, distinções ilusórias produzidas pelo maniqueísmo. Magia não tem cor, assim como magia não é boa nem má, tais conceitos variam a partir do ponto de vista do observador. O que existe é a vontade de alcançar um objetivo e os meios utilizados para realizá-lo, com base na ética e no bom senso.

Assim como o fogo precisa de três elementos básicos para existir: combustível, comburente e centelha; a magia também necessita de três fatores fundamentais à sua manifestação. São eles:

A energia mental – que consiste na focalização de um objetivo, o planejamento dos meios de como alcançá-lo, o conhecimento mágico teórico; a visualização do resultado final e a concentração disciplinada.

A energia emocional – que consiste no desejo pessoal que motiva a realização do objetivo, que serve de veículo e alimento para a concretização do mesmo.

O plano físico – que consiste na manifestação da energia mental e emocional na matéria, através do uso de símbolos, instrumentos, objetos e ritos que correspondam às forças evocadas para a realização da magia, e a convicção de que o objetivo já está concretizado.

Quando esses três fatores são unidos harmonicamente, o que inicialmente estava no mundo das idéias é canalizado e amplificado ao passar pelo mundo das emoções, e finalmente se manifeste no mundo físico.

*Imagem meramente ilustrativa

Texto escrito pelo Sacerdote Diogo Ribeiro e Sacerdote Og Sperle
Fonte: http://uniaowiccadobrasil.org.br/index.php/magia/magia-origem-e-conceitos

Wiccanos na Caminhada em Porto Alegre mostram que unidos seremos fortes

Chegando ao Largo Glênio Peres para aguardar os participantes da IV Marcha pela Vida e Liberdade Religiosa do RS, nos dirigimos à entrada principal do Mercado Público. Em uma primeira olhada, o largo em nada lembrava que um grande evento iria começar ali. Somente o vai e vem de pessoas apressadas passando em um dia quente de verão. Mas um olhar mais apurado, percebia uma cabeça coberta de panos brancos aqui, uma camiseta ali... Até que de repente, de dentro do mercado público pessoas vestindo axós, guias e outros adereços coloridos começaram a sair.
Em menos de dois minutos, os Wiccanos começaram a aparecer. Aqueles que haviam confirmado participação, e alguns, que apenas vinham passando pelo local, e decidiram ficar - mesmo que por algumas horas - e dar o seu apoio.

Éramos cinco pessoas vestidas de preto em um mar de gente vestindo branco. Ali estavam pessoas ligadas à religião afro, cristãos, muçulmanos, judeus, espíritas... E é claro os wiccanos.

A organização do evento é de inciativa das religiões afro, que sofrem grande discriminação e desrespeito. A mobilização foi grande. Aguardamos no sol forte entre as três e cinco horas da tarde a chegada das delegações que viriam de várias partes do estado. Algumas pessoas vieram de outros estados. Enquanto aguardávamos, os organizadores chamavam as pessoas a participar deste dia tão importante. E uma multidão começou a se aglomerar, tentando entender o que estava acontecendo. Relatos de discriminação, manifestações de apoio, agradecimentos... Um por um, os organizadores falavam, e davam espaço para quem quisesse se manifestar. Não havia como não ser ouvido: representantes do Ministério Público Estadual, e da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República estavam ali, apoiando e registrando tudo.

Começamos a caminhada. Um carro de som, com os organizadores e pessoas idosas no alto seguiu os caminhantes, ao som de cantos afros, tambores e chocalhos. Tudo muito bem organizado, acompanhado pelos agentes de trânsito e polícia militar que cuidavam da segurança e organizavam o trânsito.

Chegando ao Largo Zumbi dos Palmares, uma grande roda foi formada. Senti-me como se estivesse no círculo mágico. No centro da roda, uma cesta de flores foi depositada. E os organizadores agradeceram e deram axé a cada entidade representativa que estava ali presente. Inclusive nós. A roda era para fazer uma homenagem a Mestre Borel. Um griot (aquele que guarda as tradições culturais) do povo negro, que havia falecido no ano anterior. Homenagem aos mortos, aos mais velhos, à ancestralidade. E Samhain veio-me imediatamente à cabeça.

Terminada as homenagens, seguimos novamente até a Usina do Gasômetro às margens do rio Guaíba. Lá, a caminhada terminou com uma nova roda, cantos, danças, fogos de artifício, a entrega de presentes a Iemanjá e uma grande confraternização de todos ao som do Hino da Umbanda, que confesso só havia conhecido no dia anterior. E posso dizer a vocês: é muito bonito! Pessoas em círculo, de mãos dadas confraternizando. Ao final, abraços, agradecimentos, desejos de paz e respeito, em uma mistura de shaloms, axés, abençoados sejam e evoés, os Wiccanos cantando “O círculo está aberto, mas não foi quebrado...", tudo coroado pelo maravilhoso pôr-do-sol, que deixa para o próximo ano, um gostinho de quero mais!

Reportagem de:  Erynn Dé Dannán (Colaboradora da UWB)
Quinta, 16 de Fevereiro de 2012 17:56
Fonte: http://uniaowiccadobrasil.org.br/index.php/imprensa/noticias/441-wiccanos-na-caminhada-em-porto-alegre-mostram-que-unidos-seremos-fortes

Para bruxos menores de idade sem pais/guardiões wiccanos


Dedico este post à vocês, jovens bruxos como eu. Uma das grandes dificuldades que enfrentamos ao escolhermos a Wicca sem que esta seja a religião de nossos pais, é a celebração dos Sabbaths! Um wiccano não pode deixar de festejar o sabbath, da maneira que puder. Coloquei aqui duas fotos do primeiro Mabon que festejei com meu coven, do qual sou Alta Sacerdotisa (só porque todo coven precisa de um (uma) Alto (a) Sacerdote (Sacerdotisa), todo grupo precisa de um líder, e mesmo eu sendo extremamente novata, entre os integrantes do coven eu sou a que tem mais conhecimento e que foi iniciada primeiro). Pela foto dá pra ver que não conseguimos realizar o Mabon com tudo o que se pede, mas tentamos e conseguimos fazer uma boa celebração. Sobre o vinho, pingamos um pouco no fogo, como oferecimento aos deuses.

Blessed Be?

É com esta frase, ou o seu significado em português "Abençoado (a) Seja!" que terminamos nossas orações, cumprimentamos/despedimos de um irmão (quando digo irmão não é só o parente, um irmão pode ser um amigo, um integrante do seu coven ou outro wiccano), exclamamos (ex: Jura?? Que maravilha! Abençoada seja a Deusa!)... e por aí vai. Aos jovens que estão saindo do cristianismo e indo para a Wicca, o "Blessed Be" é o equivalente do "Amém".

O Pentagrama Wicca

O que é um pentagrama?

O pentagrama (estrela de cinco pontas, dentro de um círculo) é o símbolo da religião Wicca. Assim como a cruz é para o cristianismo e o hexagrama é para os judaísmo, o pentagrama é para os wiccanos.
Atualmente, muitos Wiccanos usam um Pentagrama no pescoço, como símbolo de orgulho da sua religião, representando a sua fé e também mostra-se útil para que os Wiccanos se reconheçam entre si. Mas deve-se deixar claro que isso não é nenhuma obrigação. Muitos praticantes da religião Wicca usam o Pentagrama também pelo fato de ele ser considerado um amuleto de proteção, além de mostrarem assim, seu respeito aos Deuses e aos Cinco Elementos.Cada ponta do pentagrama representa um dos Cinco Elementos da Natureza: Ar, Fogo, Água, Terra e Akasha (espírito). Os adeptos à religiã
o Wicca crêem que tudo foi criado a partir dos cinco elementos. Por isso, no treinamento para o sacerdócio wiccano, o domínio dos elementos é visto como o primeiro ato para a iniciação. Além do seu significado primordial, dos cinco elementos, o pentagrama também representa o corpo humano (os 4 membros e a cabeça); sendo assim conhecido como "estrela do microcosmo" (pequeno universo), que simboliza o(a) mago(a) dominando o espírito sobre a matéria, inteligência sobre instintos, mente sobre o corpo.
Nos rituais da religião Wicca, além de ser um dos símbolos da Deusa, o pentagrama às vezes é usado como símbolo da terra, outras vezes para consagrar os instrumentos ritualísticos, objetos e amuletos. *Na foto mostro meu pentagrama

A importância de se ter um caldeirão

Um dos instrumentos bruxos é o caldeirão. É fundamental que o coven ou o bruxo solitário tenha um caldeirão, já que é um objeto muito utilizado em sabbaths, poções, feitiços, e até como forma de adivinhar o futuro através das cinzas. Se estiver muito difícil arranjar um caldeirão (eu moro numa cidade pequena e sou menor de idade, então sei como é difícil arranjar certas coisas), uma panela de pedra serve muito bem. A de cobre não fica preta mais fica muito quente.
*Foto da panela de pedra usada como caldeirão do meu coven